domingo, 21 de julho de 2013

Paciência com Deus


(foto: Mikola Gnisyuk, Pessoas em Árvores, Centro de Fotografia Irmãos Lumière, Moscovo, foto reproduzida daqui e utilizada na capa do livro Paciência Com Deus)

Crónicas

Nestes três últimos domingos, frei Bento Domingues falou, nas suas crónicas no Público, do livro Paciência Com Deus, uma notável obra publicada recentemente pelas Paulinas. No sítio da Livraria Fundamentos na internet, podem ler-se as três crónicas, como aperitivo à leitura do livro. Aqui ficam três excertos dessas crónicas:

T. Halík escreveu uma obra de teologia, num estilo pouco habitual. (...) Não admira que seja saudada uma teologia que continua a apresentar-se com perguntas antes de respostas feitas e que incita o pensamento a caminhar pelo mundo do desassossego, das interrogações e dúvidas, o território onde se vive a ‘paciência de Deus’ (...)

[Este livro] é um suave diluente das certezas eclesiásticas reconstruídas, de modo estridente, nos anos 80-90 (...). Recupera, com mansidão, a memória interdita dos ‘padres operários’, o sentido da teologia da libertaçãoo, os caminhos ocultos de deus na sociedade secular ocidental, sem se perder nas disputas e desavenças entre ‘conservadores’ e ‘progressistas’. (...) O tecido desta obra é construído por tudo o que tem sido desvalorizado, ocultado, marginalizado ou desfigurado na apologética eclesiástica (...) O que realmente o preocupa é (...) o tempo de escuta e de atenção a quem anda por outros caminhos, por carreiros e lugares ‘mal frequentados’. O próprio Jesus tinha sido acusado de andar em más companhias.

O livro Paciência com Deus não pretende ser nenhum manual de viagem. É um testemunho, muito reflectido e documentado, de uma grande peregrinação, atenta a tudo o que encontrou pelo caminho, sem dar lições. 

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